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Após queda de raio em rede elétrica, sistema no Subúrbio volta a funcionar com dois trens

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Após queda de raio em rede elétrica, sistema no Subúrbio volta a funcionar com dois trens
Foto: Reprodução | Vídeo

A forte chuva que atingiu a capital baiana, na tarde desta segunda-feira (15), provocou alagamentos em vários pontos da cidade, prejudicando o trânsito. No Subúrbio, passageiros do sistema de trens que fazem a linha Paripe/Calçada foram prejudicados depois que a queda de um raio na rede elétrica impediu a circulação normal das composições.


Por volta das 14h10, a rede aérea de energia dos trens do Subúrbio Ferroviário foi atingida por uma descarga elétrica, que afetou o funcionamento do sistema e impediu que as composições — que já estavam paradas desde a manhã por problemas técnicos — voltassem a funcionar. 


Pela manhã, segundo a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), dois trens tiveram defeitos nos motores e o terceiro apresentou problema elétrico. O quarto já estava fora de circulação após ter sido apedrejado e danificado por passageiros. A CTB não informou quando aconteceu o vandalismo. 


O serviço voltou somente por volta de 18h30 de ontem, segundo nota divulgada pela CTB. Ainda segundo o órgão, o sistema opera hoje, de 6h às 20h com dois trens. Por conta dos problemas, a Estação da Calçada permaneceu fechada durante o dia. Cerca de 13 mil pessoas utilizam o transporte diariamente.


Antônio Fernandes, 68, voltava do trabalho quando foi avisado por dois seguranças na Estação da Calçada que os trens não estavam em circulação.  “Não sabia que os trens estavam parados. Eu utilizo todos os dias para voltar para casa. Pego aqui (na Estação da Calçada) e vou até o Lobato. Agora vou ter que pegar um ônibus. O percurso que eu levaria 20 minutos para fazer, farei em mais de uma hora”, reclamou o almoxarife.


Segundo a CTB, o sistema de trens do Subúrbio opera atualmente com dois trens e possui outros dois reservas. No entanto, uma professora, que pediu para não ter o nome revelado e que utiliza diariamente o transporte para chegar ao trabalho, disse que os trens estão sempre quebrados, e que o tempo de espera é grande.


“Essa situação é comum. Os trens sempre quebram e o tempo de espera, às vezes, é maior que 40 minutos. Quando eles passam, sempre estão cheios e sujos. Outro dia, um deles quebrou e nós tivemos que descer no meio dos trilhos e voltar andando”, relatou.


Em setembro, o governo do estado lançou edital para empresas interessadas em participar da licitação que transformará os trens do Subúrbio nos Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).