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CMEI de Plataforma ocupará terreno histórico

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CMEI de Plataforma ocupará terreno histórico
Foto: Reprodução | Plataforma Digital

Plataforma receberá um Centro Municipal de Educação infantil a ser construído na área onde funcionava a antiga fábrica Fagipe. A desapropriação do terreno foi publicada no Diário Oficial do Município em sua edição do dia 04 do corrente mês, através do Decreto nº. 25.844 de 03 de março de 2015.


Satisfeito com a desapropriação, o vereador Orlando Palhinha – DEM, que apresentou em 2014 o Projeto de Indicação nº 4.958/2014 solicitando a prefeitura de Salvador que destinasse função social para a área, lembrou que “Plataforma tem uma importante contribuição para a história de Salvador. Seus moradores merecem ver a requalificação da área onde pulsava uma fábrica que gerou emprego e renda para milhares de moradores da região. A iniciativa da prefeitura, atendendo uma indicação desta Casa Legislativa, demonstra que o Executivo está beneficiando toda a cidade de Salvador e ouvindo seus representantes”.


O Decreto de Desapropriação prevê a construção de um Centro Municipal de Educação Integrada que beneficiará estudantes da região que é uma das mais densamente ocupadas de Salvador.
Palhinha - DEM avalia que o investimento realizado pelo poder municipal em educação é um investimento no futuro das famílias de Salvador e frisa que “propiciar uma educação mais sólida desde a infância é investir em cidadãos mais preparados para contribuírem com o futuro de Salvador. Além deste fato, é desejável que pais e mães possam confiar seus filhos a escolas modernas que, além de segurança e conforto, assegurem educação de qualidade”.


Um pouco de história


Caminhar pela Rua Almeida Brandão em Plataforma leva o observador a uma viagem pela história da industrialização do Brasil. Ali, no calmo logradouro que oferece aos seus moradores uma bela vista da à Enseada dos Tainheiros, funcionaram as primeiras fábricas de tecidos e calçados da Bahia e uma das primeiras do Brasil.


Em 1860, Almeida Brandão aterrou uma parte da praia da Enseada dos Tainheiros e construiu, com mão de obra escrava, uma Usina que passou a se chamar Fábrica Xagrins. Ali era fabricados chinelos de couro que se distribuía para mercados e comerciantes da região. Posteriormente fabricaram-se meias e tecidos, e se destacou por ser a primeira fábrica têxtil da Bahia. Uma ampliação da fábrica foi feita e passou a se chamar Fábrica São Braz, em homenagem ao padroeiro da fazenda.


A fábrica passa a ser de Bernardo Catharino em 1932 e em 1942 foram construídos outros galpões. A fábrica São Braz tinha 3.000 empregados e foi a primeira fábrica do Subúrbio Ferroviário.