O primeiro duelo da Final do Campeonato Baiano 2025 entre a dupla Ba-Vi ocorreu na Arena Fonte Nova, neste domingo (16), diante de mais de 40 mil torcedores do Tricolor.
Apoiado pelo seu torcedor, o Bahia iniciou a partida melhor. O tricolor mantinha a posse de bola nos primeiros minutos de jogo buscando surpreender e incomodar ao rival desde o início da peleja. E assim o fez: logo aos 06’ do 1º tempo, Erick Pulga fez uma jogada individual diante da marcação de Edu e acabou sofrendo a falta na lateral da área. Na cobrança, Everton Ribeiro cruzou na cabeça de Gabriel Xavier, que superou a marcação de Jamerson e contou com a falha do goleiro Lucas Arcanjo para abrir o placar em favor do Bahia.
A partida continuou com alta intensidade, o Bahia imprimindo o ritmo, roubou a bola do Vitória e conseguiu construir para finalização de Jean Lucas, aos 07’. O Vitória também tentou amostrar as suas forças, em velocidade com Fabri e Janderson, a bola sobrou na entrada da área para Willian Oliveira que, de esquerda, finalizou acima do gol de Marcos Felipe.
O 1º tempo foi um duelo marcado por estratégias distintas dos dois treinadores. Tanto Rogério Ceni quanto Thiago Carpini optaram por escalar suas equipes com uma linha de três zagueiros no sistema defensivo. Entretanto, ainda que os esquemas táticos fossem semelhantes, a postura de cada equipe em campo divergiu no desempenho e, por consequência, no placar construído ainda na etapa inicial.
O Bahia, na fase ofensiva, mantinha o desenho tático próximo ao 3-1-5-1 bastante visto nesta atual temporada. A linha de três zagueiros (Xavier – Kanu – Mingo) se posicionava para auxiliar nas saídas de bola, enquanto Caio Alexandre esteve “encaixotado” na marcação do Vitória. Com a bola passando menos pela faixa central, coube aos zagueiros tricolores conduzirem a bola na construção de jogo e, muitas vezes, optando por ligações diretas para os homens de frente, principalmente para explorar a velocidade de Erick Pulga.
O Vitória, por sua vez, teve a sua estratégia modificada logo no início ao sofrer o gol, porém ainda se manteve no 1º tempo com uma linha de cinco defensores (Cáceres – Edu – Neris – Lucas Halter – Jamerson), buscando povoar e dificultar as ações do Bahia na entrada da área e se posicionando em um bloco médio-baixo, para ceder poucos espaços na sua última linha aos atacantes do rival.
Em um Ba-Vi disputado e com alguns combates físicos, após confusão entre os atletas por volta dos 40’ do 1º tempo, Everton Ribeiro entrou na pilha do zagueiro Neris e o acertou no rosto com um leve movimento de cabeceio. Os jogadores do Vitória pressionaram a arbitragem para uma expulsão do capitão tricolor, entretanto, o árbitro se quer foi consultar ao VAR para uma definição.
Com vantagem no marcador, a estratégia de Rogério Ceni para o seu Bahia foi tentar atrair as linhas de marcação do Vitória, mantendo posse com os zagueiros e, quando o Vitória tentava abafar e subir suas linhas, o Bahia buscava rápida saída com troca de passes e/ou ligações diretas para encontrar espaços entre os defensores do rubro-negro.
E assim, nos acréscimos ainda da etapa inicial, o Bahia conseguiu atrair as linhas do Vitória, trocou passes rápidos e lançou ao ataque buscando a Pulga e Lucho. O Erick Pulga foi mais rápido, disputou a bola com Neris e conseguiu ganhar a pulseada na velocidade do zagueiro rubro-negro, que em bela jogada individual ficou “cara a cara” com o Lucas Arcanjo para finalizar rasteiro e ampliar o placar em favor do Bahia: 2 a 0 para o esquadrão.
Na volta para o 2º tempo, o Vitória de Thiago Carpini precisando correr atrás do revés sofrido na etapa inicial, promoveu uma alteração com a entrada de Gustavo no lugar do Wellington Rato – de péssima atuação enquanto estivera em campo.
Ainda que pouco a substituição pudera demonstrar efeito, logo aos 02’ da etapa complementar, novamente Erick Pulga – o melhor jogador em campo – em outra jogada individual para cima de Neris, driblou o zagueiro rubro-negro na área e sofreu a infração: pênalti em favor do Bahia!
Na cobrança, o artilheiro Lucho Rodríguez pegou a pelota e correu para a execução, porém, como se diz na gíria do futebol, “telegrafou” a cobrança com tamanha displicência e o goleiro Lucas Arcanjo evitou o que seria o terceiro gol do tricolor.
A expectativa seria para avistar um ânimo da equipe do Vitória, que após seu goleiro defender uma cobrança de pênalti, ainda se mantivera vivo no duelo da final da competição. Entretanto, para lastimar ao torcedor rubro-negro, o seu time pouco conseguiu produzir e levar perigo à meta do goleiro do Bahia, Marcos Felipe – o Vitória terminou a partida sem acertar uma finalização se quer no alvo do adversário.
Naturalmente alguns jogadores cansaram, sobretudo o setor de meio de campo. Ambos os técnicos realizaram trocas de peças em busca de melhoria nas atuações das suas respectivas equipes. O Vitória seguiu ineficiente nas suas ações ofensivas. Já o Bahia até conseguiu criar outras oportunidades, porém Lucas Arcanjo apareceu novamente para salvar o Vitória de um revés ainda maior.
O Bahia leva uma vantagem considerável para o duelo no Barradão do próximo domingo (23), enquanto o Vitória vai precisar vencer por dois gols de diferença para levar a decisão às cobranças de pênaltis. Para o torcedor tricolor, triunfo importante, porém um gostinho de poderia ter sido mais. Para o torcedor rubro-negro, outra lastimável atuação do time, porém Lucas Arcanjo deixou o Leão vivo para decidir diante dos seus domínios.
E para você torcedor, quem será o campeão Baiano de 2025?
Assista os melhores momentos do jogo
Ficha Técnica
Bahia 2-0 Vitória
Escalação Bahia: Marcos Felipe; Arias, Gabriel Xavier (gol 06’), Kanu, Ramos Mingo; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro, Cauly; Erick Pulga (gol 45’) e Lucho Rodríguez. DT: Rogério Ceni.
Substituições Bahia: Erick → ← Jean Lucas; Nestor → ← Everton Ribeiro; Luciano Juba → ← Erick Pulga; Acevedo → ← Caio Alexandre; Cauly → ← Michel Araújo.
Escalação Vitória: Lucas Arcanjo; Cáceres, Edu, Neris, Lucas Halter, Jamerson; Baralhas, Willian Oliveira; Wellington Rato, Janderson, Fabri. DT: Thiago Carpini.
Substituições Vitória: Gustavo → ← Wellington Rato; Lucas Braga → ← Fabri; Ronald → ← Neris; Osvaldo → ← Willian Oliveira; Carlinhos → ← Janderson.
Cartões Amarelos: Wellington Rato, Lucas Halter, Osvaldo e Carlinhos (Vitória); Lucho Rodríguez e Kanu (Bahia).
Melhor jogador em campo: Erick Pulga.
Pior jogador em campo: Wellington Rato.
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