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Médicos da UPA de Escada reclamam de salários atrasados

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Médicos da UPA de Escada reclamam de salários atrasados e restringem atendimentos
Foto: Reprodução

Os profissionais de saúde da Unidade de Pronto Atendimento de Escada, no Subúrbio de Salvador, estão trabalhando em regime de restrição, quando só são atendidos casos classificados como de emergência. Em contato com o Aratu Online, eles denunciam que não recebem salários desde o mês de janeiro. “O prazo limite que nos foi apresentado pela Pro Saúde foi o dia 20 de março, mas a situação ainda foi regularizada”, informou uma fonte, que preferiu não ser identificada.


De acordo com os médicos, o problema tem se repetido desde o mês de setembro, quando a Pro Saúde assumiu a administração da unidade. Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que ainda nesta semana irá regularizar o repasse do recurso referente ao mês de janeiro, para que a empresa possa efetivar o pagamento dos funcionários.


Contudo, os profissionais relatam ainda que o problema não se restringe à questão financeira. Segundo eles, faltam materiais básicos de trabalho como esparadrapos, luvas, soro e até água potável, fato negado pela Pro Saúde. Os médicos apontam ainda que faltam profissionais para a área de enfermagem e para alguns setores especializados, como o de pediatria. A Pro Saúde afirmou “que cumpre rigorosamente a resolução 293/2004 do Conselho Federal de Enfermagem, para o dimensionado do número de profissionais”. Com relação aos pediatras, a unidade “mantém quatro especialistas nesta área diariamente se revezando nos plantões”.


No que diz respeito à falta de segurança na UPA, outra denúncia feita pelos médicos, a Sesab afirma que a unidade dispõe “de Guarda Patrimonial especializada para garantir a segurança interna, bem como a Polícia Militar permanece à disposição no local, 24h por dia, para monitoramento de eventuais ocorrências”. Os médicos dizem que os seguranças não permanecem na unidade durante todo o período de trabalho dos médicos que, em alguns casos, são ameaçados por pacientes ou parentes mais exaltados.


Os profissionais informaram ainda que por conta do movimento do grupo de limitar os atendimentos aos casos mais graves, com um profissional participando da triagem junto com um enfermeiro, eles têm recebidos ameaças de desligamento por parte da coordenação da UPA. Apesar de o Aratu Online ter apresentado a denúncia, nem a Sesab, nem a Pro Saúde se pronunciaram sobre o fato. Confira a íntegra da nota:


A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informa que nesta semana irá regularizar o repasse do recurso financeiro referente ao mês de janeiro, para a PróSaúde, empresa responsável pela gestão da UPA.


A referida empresa esclarece que não procede, de modo algum, a informação da reportagem sobre falta de equipamentos e suprimentos de trabalho. Todo o estoque da Unidade está abastecido e à disposição dos funcionários e pacientes.


Em relação à suposta falta de profissionais, a empresa gestora esclarece que cumpre rigorosamente a resolução 293/2004 do Conselho Federal de Enfermagem, para o dimensionado do número de profissionais. Em relação aos pediatras, a UPA mantém 4 especialistas nesta área diariamente se revezando nos plantões.


A Unidade dispõe, ainda, de Guarda Patrimonial especializada para garantir a segurança interna, bem como a Polícia Militar permanece à disposição no local, 24h por dia, para monitoramento de eventuais ocorrências.