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Miscelânea: Juventude Precoce

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Juventude precoce
Foto: Reprodução

A cada dia percebemos que a infância e adolescência estão sendo invadidas pela vida adulta de maneira inconsequente, anormal ou puramente antes do tempo. Volta e meia se vê por ai casos de meninas de 13, 14, 15 anos que engravidam e nem ao menos se preocupam com a proteção não só da própria gestação como das doenças sexualmente transmissíveis; ou crianças da mesma idade divulgando os detalhes mais íntimos passados com seus namorados. Vocês podem pensar, mas os tempos mudaram o que se fazia no passado não está mais na moda, é careta, é repressão. Será?

 

A mídia e muitas vezes a rede de relacionamentos (família, escola, amigos, redes sociais) demonstram que alguns princípios morais estão ultrapassados, como ao dizer que uma menina ou menino de 14 anos serem BV (boca virgem) é o mesmo que eles serem de outro planeta, pior ainda se forem virgens, é no mínimo motivo de gozação entre os amigos.  O que se vê é uma banalização do corpo, uma falta de amor próprio, uma necessidade de se afirmar em algum grupo, ou de se mostrar uma (i) maturidade inexistente. 

 

O que percebemos também é que a família, que deveria ter o papel de orientadora, de conciliadora, não está desempenhando essa função tão bem, talvez pela falta de tempo, já que os pais de hoje precisam trabalhar o dia todo, muitas vezes de domingo a domingo e passam a responsabilidade da educação e criação dos seus filhos para a escola, para os amigos, para os outros, para a vida, só que nesta educação estão incluídos também os direitos e deveres, os limites, as responsabilidades e as consequências de seus atos; e ai mora o perigo: quais valores estão sendo transmitidos? Não pense que somente cabe aos pais educar, é obrigação da sociedade também de ajudar na formação dessas crianças e adolescentes, afinal serão eles os homens e mulheres do amanhã.

 

Tudo na vida tem sua hora, seu momento. Há tempo paras sermos crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Casa fase tem sua experiência, seus marcos, suas histórias e suas lições. Já parou para pensar se você está contribuindo para que essas etapas possam acontecer na hora certa para nossas crianças? Já refletiu se não está permitindo que os brinquedos sejam substituídos por jogos de adultos? Não acha que poderíamos ao menos tentar orientar esses jovens, a no mínimo se protegerem ou pensarem em seu futuro?