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Subúrbio Ferroviário terá obras de mobilidade

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Subúrbio Ferroviário terá obras de mobilidade
Foto: Reprodução

A Avenida Suburbana , com 16 quilômetros de extensão, que atravessa uma das regiões mais pobres de Salvador e onde vivem aproximadamente meio milhão de habitantes, vai passar por uma reestruturação completa de mobilidade urbana, que inclui ciclovias, novos retornos e nova pavimentação asfáltica. O custo do investimento será de aproximadamente R$ 22 milhões.


Conforme explicou o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob), Fábio Mota, serão oito etapas de obras, cuja primeira, na região do Luso, bairro de Plataforma, já começou. Na Ladeira que liga a região do Parque São Bartolomeu até o Alto do Luso, de aproximadamente 1,5 quilômetros, está sendo construído o primeiro trecho de uma ciclovia que terá 16 quilômetros, entre a Baixa do Fiscal e o bairro de Paripe.


No mesmo local serão remanejados pontos de ônibus e construídos dois novos retornos para veículos. O primeiro próximo à entrada do bairro de São João do Cabrito e o segundo no bairro de Itacaranha. “Vai melhorar, pois os engarrafamentos aqui são constantes”, diz o motorista Rafael Santos,  morador de Plataforma. Já a estudante Juciane Lima de Jesus, moradora do Alto do Cemitério, se queixa de que vai ter que andar um pouco mais até o ponto de ônibus, que será deslocado cerca de 200 metros do local atual. 


Ciclovia e BRT


A Avenida Suburbana vai ser a primeira de Salvador a contar com uma ciclovia em dois sentidos. Serão 16 quilômetros em cada direção, entre a Baixa do Fiscal e Paripe, ocupando o espaço do canteiro central, que será alargado, em cada direção, em um metro. Será a maior ciclovia em Salvador e a única feita em dois sentidos e no canteiro central.


Para evitar engarrafamentos com os ônibus, serão construídas em cada parada, baias de recuo. Em cada sinaleira serão implantados  redutores de velocidade e lombadas, e a avenida ainda ganhará novos radares e fotossensores.  O secretário Fábio Mota disse que a mobilidade urbana em Salvador tem atualmente três gargalos, um dos quais, o do Iguatemi, com intervenções já realizadas. Na região de Cajazeiras, a previsão da prefeitura é que as duas avenidas que vão ligar os bairros à Águas Claras e à BR-324 sejam concluídas até o final do ano. 


O relatório inicial de abril de 2012 denominado “Calçadas do Brasil”, promovido pelo Mobilize Brasil, analisou as condições das calçadas de 12 cidades brasileiras. A Avenida Suburbana foi a quarta pior via urbana  avaliada ao receber a média de 1,25. A avenida é uma das mais perigosas da capital baiana. Em 2014, foram 11 mortos e 276 feridos em acidentes de trânsito, segundo os dados da Transalvador.


A Avenida Suburbana (Afrânio Peixoto) foi inaugurada em 1971, pelo então governador Luís Viana Filho, com um traçado que corre quase que paralelo à via férrea. As obras deverão ser concluídas em agosto do próximo ano. Ao término das obras, a prefeitura espera poder implantar também o sistema de BRT (corredores exclusivos para ônibus articulados ou biarticulados) que ligarão o Subúrbio ferroviário à Orla, utilizando-se das avenidas Gal Costa e 29 de Março, que estão sendo construídas pelo governo do estado na região de Lobato/Pirajá e Paripe/Águas Claras/Paralela.

Informações Tribuna da Bahia